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Cessação do Tabagismo

 

O tabagismo é uma das principais causas de doença e morte em todo o mundo.

 

A maioria dos tabagistas aceita o fato de que o tabagismo é perigoso, porém pensam que o risco atua como um jogo de sorte: você pode ter o azar de ficar doente ou a sorte de passar a vida toda sem ser afetado.

No entanto, esse é um conceito errado. Cada cigarro que um indivíduo fuma afeta o organismo do mesmo. A verdade é que, quanto mais se fuma, maior será o malefício.

Riscos do Tabagismo

 

 

- Câncer de pulmão: o chance de câncer de pulmão aumenta de 50% a o dobro para quem fuma mesmo um cigarro por dia

 

- Doença cardíaca: o risco DOBRA para cada maço de cigarro consumido por dia.

 

- Os tabagistas passam 26% mais de tempo no hospital e mais de duas vezes mais tempo em UTI quando comparados aos indivíduos que não fumam.

 

- Cada cigarro fumado reduz 5-20 minutos de expectativa de vida.

 

- Os tabagistas apresentam um risco 2 vezes maior de morrer antes dos 65 anos

 

- Aumento do risco de diversas outras doenças, como câncer de cabeça e pescoço, câncer de bexiga e de pâncreas, osteoporose, úlceras, enfisema, entre outras.

 

- Fumar envelhece. O tabagismo antecipa o surgimento de rugas, além de causar doença nas gengivas até perda dos dentes. Além disso, o tabagismo causa mau hálito.

 

- Fumar prejudica o sexo. O tabagismo é uma das principais causas de disfunção erétil, ou seja, impotência sexual, além de diminuir a fertilidade.

 

 

Benefícios da Cessação do Tabagismo

 

A cessação do tabagismo apresenta efeitos importantes e imediatos na saúde de pessoas qualquer idade. Os indivíduos que param de fumar antes dos 50 anos de vida, reduzem seu risco de morte nos próximos 15 anos em 50%, em comparação àqueles que continuam fumando. Além disso, a cessação também beneficia os indivíduos expostos ao tabagismo passivo.

 

1. Doença Cardíaca

O tabagismo aumenta duas vezes o risco de doença coronariana (que causa infarto e angina), e a cessação leva a redução rápida desse risco. Um ano após ter parado de fumar, o risco de morte do indivíduo é reduzido em 50% e continua a reduzir ao longo do tempo.

 

2. Doença Pulmonar

O tabagismo aumenta o risco de doenças pulmonares, como enfisema e bronquite. Embora muito do dano pulmonar causado pelo tabagismo seja irreversível, a cessação do tabagismo pode reduzir dano pulmonar adicional, e muitos tabagistas que apresentam tosse crônica e secreção têm melhora desses sintomas nos primeiros 12 meses após parar. A asma é mais comum entre as crianças expostas ao tabagismo passivo, além do que nesses casos o tratamento é mais difícil.

 

3. Câncer

O tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão. A cessação do tabagismo reduz o risco desse câncer nos primeiros cinco anos. A interrupção do tabagismo também reduz o risco de outros cânceres, como de cabeça e pescoço, esôfago, pâncreas e bexiga. 

 

4. Doença Ulcerosa

O tabagismo se associa a aumento do risco de doença ulcerosa péptica (gastrite e úlcera de estômago e duodeno). A cessação reduz o risco de desenvolvimento das úlceras e acelera a taxa de cicatrização.

 

5. Osteoporose

O tabagismo aumenta a perda óssea e aumenta o risco de fraturas. 

 

6. Qualidade de vida

Parar de fumar melhora a qualidade de vida. Quando a pessoa para de fumar, o olfato e o paladar melhoram, além do sono, apetite, humor, auto-estima, disposição física e a qualidade de vida como um todo.

 

Preparando-se Para Parar de Fumar

 

Após decidir parar de fumar, o primeiro passo é definir uma data. Esse será o dia de interromper completamente o tabagismo. Essa data, idealmente, deve ser em no máximo duas semanas, embora a escolha de datas especiais (como um aniversário, datas comemorativas) possa ser útil.

A redução gradual pode ser ocasionalmente bem sucedida, porém a interrupção abrupta se associa a maior êxito. Outras ações que ajudam na cessação são as seguintes:

  • Conte aos amigos, familiares e colegas de trabalho e solicite apoio;

  • Evite fumar em casa e no carro e outros locais onde você passe grande parte do seu tempo;

  • Relembre suas tentativas anteriores, tentando identificar o que deu certo e o que não deu;

  • Prepare-se para lidar com os sintomas de abstinência de nicotina, como ansiedade, frustração, depressão, vontade intensa de fumar. Algumas semanas após a interrupção, fica mais fácil lidar com os mesmos;

  • Converse com seu médico sobre seu desejo de parar de fumar.

 

Abordagem Comportamental (Terapia)

 

Esse tipo de abordagem pode ser feito de maneira independente ou em sessões individuais e em grupo. É importante identificar situações ou atividades que aumentam o risco de voltar a fumar. Recomenda-se modificação do estilo de vida para se reduzir o estresse, como iniciar a prática de atividade física regular.

 

Exercícios físicos podem melhorar a capacidade de se interromper o tabagismo e se evitar a recaída, além de minimizar o ganho de peso.

 

Mantenha disponíveis substitutos orais (como chicletes, cenouras, sementes de girassol) à mão, para quando a “fissura” ocorrer.

 

Evite pensamentos como “fumar apenas um cigarro não me fará mal”; um cigarro normalmente leva a outro.

 

Medicamentos

 

Existem diversos medicamentos que podem auxiliar uma pessoa no processo de parar de fumar, devendo os mesmos ser prescritos e orientados por um médico.

 

1. Reposição de Nicotina

 

Na ausência de nicotina, o tabagista perde as boas sensações que a nicotina induz, desenvolvendo sintomas de abstinência, que incluem humor deprimido, dificuldades para dormir, irritabilidade, frustração ou raiva, ansiedade, dificuldade de concentração. A terapia de reposição foi desenvolvida para reduzir a intensidade desses sintomas.

A nicotina para reposição está disponível em diversas formas: gomas de mascar, adesivo cutâneo, spray nasal e inalador.

 

2. Bupropiona

 

A bupropiona é um antidepressivo que pode ser usado para auxiliar a parar de fumar. No início, é tomado uma vez ao dia, por três dias, com aumento progressivo até a dose recomendada, antes da data escolhida para a cessação. Após a interrupção, o medicamento é mantido por mais sete a doze semanas

É um medicamento bem tolerado, podendo se associar a sintomas de boca seca e insônia.

 

3. Vareniclina

 

Esse medicamento atua no cérebro e reduz os sintomas de abstinência de nicotina e a “fissura” pelo cigarro. Em diversos estudos esse medicamento foi mais eficaz que o bupropiona. Deve ser tomado após a refeição, juntamente com um copo cheio de água. Os pacientes iniciam o uso uma semana antes de interromper o tabagismo, e devem continuar o uso por 12 semanas pelo menos. Aquelas pessoas que continuam sem fumar, após doze semanas, podem continuar usando o medicamento por mais doze semanas. Os efeitos colaterais mais comuns são náusea e sonhos anormais. No entanto, em 2007 foi informado que alguns pacientes desenvolveram alterações do comportamento, tornando-se agressivos, além de terem desenvolvido pensamentos suicidas. Por isso, o medicamento deve ser usado com acompanhamento médico cuidadoso.

 

 

Adaptado de http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/5384/-1/cessacao-do-tabagismo.html

 

 

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